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Capítulo 3: Uma Garota de Coragem.
Capítulo 3: Uma Garota de Coragem.

No dia seguinte, Dora e eu caminhamos pela casa como se nada fosse acontecer. Disfarçadamente, ela me levou ao chefe da máfia, com uma desculpa de que eu insistia em conhecê-lo. 
Ao adentrar o escritório do mesmo, pude ver o mesmo homem que havia me violentado na noite anterior. O encarei com um olhar de ódio, e em seguida voltei-me para o chefe.

— Gostei muito daqui, senhor. As garotas são muito receptivas, e Dora é a melhor anfitriã do mundo! — disse eu, procurando ignorar a presença daquele homem desagradável, ao lado do chefe.

— Oh, que ótimo que minhas garotas lhe agradaram! — disse ele, sorrindo com simpatia.

— Gostaria de conversar mais com o senhor. Me parece um bom homem, porém hoje não vai dar.. — disse eu, fitando o chão.

— E por que não? — perguntou-me, apoiando suas mãos sob a mesa.

— Queria lhe perguntar tudo, porém tem gente demais nesse cômodo.. — cruzei os braços.

— Não seja por isso, o senhor Nícholas e o senhor Logan tem afazeres no centro da cidade. Já vão se retirar. — disse ele, apontando para cada um dos homens ao dizer os nomes.

— Oh, que ótimo! — sorri para ele, e puxei uma das cadeiras para me sentar.

O homem da noite passada, de nome Nícholas, me encarou com um olhar fuzilador, enquanto saía dali.

— Algum problema, senhor Nícholas? — perguntou Dora, com um sorriso divertido nos lábios.

— Não senhora. — respondeu ele, antes de sair dali.

Assim que a porta se fechou, me coloquei de pé e fui para perto do chefe.

— Preciso lhe contar algo e você, pelo amor de Cristo, tem que fazer alguma coisa em relação à isso. — sussurrei para ele.

— Claro, claro, pode falar. — disse ele, com compreensão.

— Não sei bem quanto tempo faz isso, porém aquele senhor que acabou de sair daqui, de nome Nícholas abusou de sua querida anfitriã e também amiga. E ontem à noite ele resolveu fazer o mesmo comigo.. — disse eu, numa voz chorosa.
O homem ficou perplexo com o que ouviu. Olhou em direção à Dora, que agora estava inconsolável.
Em seguida sua expressão mudou. Ele esmurrou a mesa e se pôs de pé.

— Fiquem aqui e não abram a porta para ninguém. Esse imundo terá o que merece, e não passa de hoje. — disse ele, para Dora, enquanto colocava seu revólver no bolso.

— Senhor Zachary, tome cuidado. Nícholas é astuto e ágil como uma cobra! — disse Dora, colocando as mãos nos ombros do chefe, de nome Zachary.

— Pode ser astuto e ágil como uma cobra, porém não será tão veloz como a bala de meu revólver. — disse sr. Zachary, saindo do local em seguida.

Assim que a porta se fechou, Dora logo tratou de trancá-la e trancar também as janelas. Em seguida ela me guiou até o sofá que se encontrava num canto do escritório. Em seguida, abraçou-me de lado e pude ouvi-la chorar.

— Não chore, Dora. Hoje acabará o motivo de seus anos de tormenta. — tentei consolá-la.

— Parabéns, Stella. Você conseguiu fazer o que eu nunca fui capaz de fazer. Apesar de pouca idade, você é uma garota de coragem. Me orgulho muito de você. — disse ela, chorosa, mexendo em meu cabelo.

***

Naquele mesmo dia, os capangas fiéis de sr. Zachary, perseguiram Nícholas, que havia fugido. Porém o mesmo havia entrando em um navio para outro país, sem deixar chances para que o pegassem.
À noite, Dora não foi recepcionar o local onde as garotas se apresentaram. Ficou deitada comigo, conversando sobre coisas da vida e outras coisas que lhe deu na telha para me falar. Ela estava se tornando minha amiga. 
Mesmo se tudo que Nícholas fosse verdade, ainda assim eu não à culparia por isso. Cada um sobrevive como pode, e gostando ou não, eu não dificultaria as coisas.

***


Stella Merchant-A Garota De Sorrisos Ensaiados é uma web novela criada originalmente por Thais Ribeiro, uma garota de apenas 17 anos. A história é resumida basicamente em sofrimento, onde no começo se inicia contando o pior dos sofrimentos vividos pela garota Stella. Sendo assim, a mesma cresce amargurada e acaba por se transformar em uma garota de sorrisos ensaiados no qual tem como explicação a falta de motivos para sorrir.




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